terça-feira, 16 de novembro de 2010

Estava dirigindo meu carro. O ano era 1997. O lugar, Rua Teodoro Sampaio. Era um Fiat modelo Tipo, quatro portas. O trânsito estava daqueles, infernal. Parava a cada poucos metros. De repente, sem que fizesse nenhum nexo, uma mulher entrou no meu carro pela porta de trás e pediu: “Pro Paraíso, por favor”. Pego de surpresa, fiquei desconcertado. Ela, mais ainda, quando percebeu não tratar-se de um taxi. Totalmente constrangida, ela começou a se desculpar pelo engano. Desculpava-se sem parar enquanto procurava destravar a porta. De minha parte, fiquei tocado com aquele constrangimento, e insisti para que ela permanecesse no caro, que a levaria para o Paraíso. Para convencê-la, precisei reforçar a oferta várias vezes, mas ela acabou aceitando, de forma que a levei para onde queria. Ao chegar à minha casa, percebi que tinha um bom início de história ali. Alguns meses depois, essa foi a maneira como os personagens principais do romance acabam se conhecendo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário